A presidente Dilma Rousseff vai reforçar a atuação do governo em uma de suas frentes prioritárias, a educação, com o incentivo à formação de novos professores e a distribuição de profissionais, inclusive aposentados, em regiões afastadas dos grandes centros.
Na próxima semana, será lançado o programa Quero Ser Professor, Quero Ser Cientista, que, de acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, incentivará estudantes, que se destacam, por exemplo, em competições escolares.
O governo vai pagar uma bolsa de R$ 150 por mês a estudantes de escolas públicas que aceitarem participar de projetos de iniciação científica nas áreas de matemática, química, física e biologia. A intenção é reduzir o déficit de professores e cientistas no Brasil com essa modalidade de formação profissional.
O programa contemplará inicialmente 30 mil estudantes do ensino médio. "Atualmente só damos bolsa para estudantes na universidade. Agora, já vamos pegá-los no ensino médio", disse Mercadante.
Posteriormente, o governo pretende colocar em prática o Mais Professores, ainda em elaboração, que vai selecionar professores para atuação em localidades afastadas dos grandes centros, com desempenho considerado insatisfatório pelo governo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Essa proposta ainda está sendo discutida pelo governo e inclui a participação de representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE). A ideia inicial do governo federal é fazer uma espécie de complementação à remuneração paga pelos municípios aos professores que venham a ser contratados pelo programa.
O Mais Professores, diferentemente do original voltado para profissionais da saúde, não prevê a contratação de professores estrangeiros, sobretudo pela diferença na formação acadêmica.
Fonte: Valor Econômico
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