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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PMDB tem candidatura própria definida, mas não tem nome para disputa em 2014


Pelas palavras dos líderes do PMDB do Rio Grande do Norte, o partido terá candidato próprio ao Governo do Estado. O problema é que a um ano da eleição falta o nome a ser trabalhado.
Nas entrevistas, o que se diz é que o importante agora não é a discussão em torno de nomes e sim ter um projeto para o Rio Grande do Norte.
O discurso agrada aos ouvidos de quem ouve, mas nos bastidores o quadro é diferente. Há uma preocupação em viabilizar um peemedebista.
Até aqui as três principais lideranças têm recusado colocar o nome à disposição. Considerado a maior liderança do PMDB, o ministro Garibaldi Filho tem feito apelo para que não peçam para ele ser candidato. O herdeiro político dele, o deputado estadual Walter Alves, chegou a dizer que seu nome não estava à disposição. Já Henrique Alves, tem dito que vai tentar a reeleição para ter direito a mais um biênio à frente da Câmara dos Deputados.
Cada um dos três já foi em algum momento lançado por uma liderança do partido. Coube a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Izabel Montenegro, defender a candidatura de Garibaldi Filho.
Já Henrique teve o nome defendido pelo deputado estadual Nélter Queiroz. "É o sonho do seu pai", argumentou.
Enquanto Walter Alves teve o nome lançado para a disputa em dois momentos: em junho em evento da juventude do PMDB e no começo de setembro através de declarações do deputado estadual Gustavo Fernandes.
O fato é que há uma pressão interna para que um dos três seja o candidato do partido. Outras alternativas, mais remotas, são levantadas como o lançamento do ex-senador Fernando Bezerra (eleito senador pelo partido em 1998) ou o ex-governador e ex-senador Geraldo Melo (eleito governador pela sigla em 1986). Também se cogita a candidatura de um empresário, que surgiria como um nome novo. Na coletiva realizada no final de agosto para anunciar o rompimento com a governadora Rosalba Ciarlini, Henrique disse que o Rio Grande do Norte precisa de um empreendedor, adjetivo que os empresários costumam usar quando falam de si.
O fato é que o PMDB potiguar nunca esteve tão forte. Nas eleições de 2010 chegou a eleger seis deputados estaduais e só não se mantém como a maior bancada da Assembleia Legislativa porque José Dias migrou para o PSD e Poti Júnior foi indicado para o Tribunal de Contas do Estado. Naquela eleição Garibaldi Filho tornou-se o primeiro político do Rio Grande do Norte a ter um milhão de votos ao ser reeleito senador.
Hoje o partido ainda conta com a maior bancada da Assembleia, empatado com o PSB, com quatro parlamentares; tem o senador Garibaldi Alves; o ministro Garibaldi Filho que exerce influência sobre o mandato do suplente Paulo Davim (PV) que o substitui temporariamente; o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves. Em 2012, o PMDB elegeu 52 prefeitos, quase um terço das prefeituras do Estado, e lidera o ranking de vereadores com 336 cadeiras em 167 parlamentos.