Pages

Subscribe:

Blog Archive

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

"Vamos preparar os projetos", declara Henrique Alves

 Henrique diz ter respeito por Rosalba

Veja na íntegra a entrevista do presidente da Câmara dos Deputados e do PMDB Henrique Alves em que ele oficializou o rompimento com a governadora Rosalba Ciarlini e explicou a nova situação da legenda no Estado.

Na oportunidade, ele explicou que o afastamento do partido é apenas em nível estadual. Nos municípios, os diretórios estão liberados para manter alianças com o DEM.

Qual a posição do partido em relação ao governo Rosalba depois da reunião da executiva?

Henrique Alves: O PMDB reuniu, agora de tarde (da sexta-feira), a sua executiva estadual com a presença de todos os seus integrantes. Na próxima semana vai reunir seus prefeitos, vice-prefeitos e representantes de vereadores para discutir e explicar a decisão que acaba de tomar, de maneira consensual, de se afastar do projeto político da governadora Rosalba Ciarlini. Primeiro, quero declarar por ela todo respeito e toda consideração. Nesse tempo de aliança que se formou na sua eleição por alguns, depois por todos, ela sempre dispensou um tratamento respeitoso - eu diria até - carinhoso, por todos nós. Mas, a questão, do ponto de vista administrativo de como executa a política administrativa, a maneira como trata as questões, conversando muito pouco, tratando muito pouco dos problemas que todos gostaríamos que fossem resolvidos, pelo diálogo, por uma construção; mas, lamentavelmente, não foi possível se realizar esse projeto com essa amplitude. Então, sendo assim, o PMDB, atendendo a sua base, se afasta e se torna independente na q uestão do projeto político-eleitoral para 2014. Em segundo lugar, o partido declara, também por unanimidade, que, em razão de sua força, do seu crescimento ao longo dos anos, da sua responsabilidade com a sua militância, com as suas lideranças e com o futuro do Rio Grande do Norte, o partido reafirma que vai lutar para construir uma candidatura própria. Todos que participaram da reunião - todos - não disseram sim, nem não; porque esta não é a hora de buscar nomes; esta é a hora de buscar a unidade e, logo depois, imediatamente, constituir um grupo de trabalho (que já faremos até segunda-feira) para começar a repensar um programa de desenvolvimento possível, real, de visibilidade, de modo que o Rio Grande do Norte, que está tão carente em relação a confiar, acreditar, passe a ter esperança de novo, e possa acreditar nessa proposta renovadora e modernizadora do nosso PMDB.

Como é que o PMDB pretende construir essa candidatura própria?

HA: Eu volto a dizer: Todas as lideranças que compareceram - todas - nem disseram sim, nem disseram não. Até por entendermos que não é hora de nomes. O Rio Grande do Norte não quer personificar, não quer salvador da pátria. Passou esse momento, há muitos anos, na política do Rio Grande do Norte. O que o povo quer agora e as ruas reclamam é capacidade, é eficiência, é projeto viável; que as pessoas acreditem na solução dos seus problemas que estão se agravando no Rio Grande do Norte a cada dia ou até a cada segundo. Então, antes de pensar em nomes, vamos preparar os projetos para que a gente possa apresentar com responsabilidade, com maturidade, com serenidade, em nome do PMDB. A partir daí vamos procurar todos os partidos que compõem a vida partidária no Rio Grande do Norte para discutir essa proposta, que não será uma imposição do PMDB, mas será um pensamento sobre o presente, sobre o futuro do Rio Grande do Norte, que nós faremos de maneira própria e, se Deus quiser, com candidatura própria.

O PMDB pode optar por um empresário de fora da política?

HA: Pode ser de dentro da política, de fora da política - Todos aqueles que queiram abraçar esse projeto do PMDB que trará ideias, que trará conteúdo, que terá consistência e propostas com responsabilidade.

Esse novo posicionamento do PMDB afasta o partido daquelas legendas que estejam apoiando a governadora Rosalba Ciarlini neste momento?

HA: Não. Esta é uma posição do PMDB, respeitando cada partido que assim esteja, de se posicionar. Não cobraremos nada de ninguém; nenhum partido aliado que esteve conosco na eleição passada; que poderá estar conosco... Vamos ter a capacidade e a humildade de entender este é o caminho do PMDB e respeitaremos o caminho que os outros partidos considerem melhor para os seus planos.

OPMDB agora abre diálogo com a oposição?

HA: Abre diálogo com todos os partidos que queiram construir e participar de um projeto que nós vamos propor como princípio, como começo, como preliminar, repensando o que quer o Rio Grande do Norte. Hoje, nós entendemos que o povo não quer, apenas, relação de A, B ou C. Porque chega lá A, B ou C e não consegue construir, não se preparou, não fez um planejamento. Hoje nós temos que pensar o Rio Grande do Norte não é pra amanhã, não. É pra daqui a 20 anos. Quer partidos que tenham visão de futuro, que não improvisem, que digam antes o que se quer fazer e, sobretudo, como é que se vai fazer. Porque é muito fácil falar: "melhorar a saúde"... "melhorar a educação"... É ótimo. Todos dizem isso. Nós temos que dizer o que fazer, como fazer e de onde tiraremos os recursos para executar. Nós queremos ter uma interação com aqueles que estão desesperançosos e que precisam, em primeiro lugar, voltar a ter esperança num futuro melhor para o Rio Grande do Norte.

Qual o reflexo dessa decisão de hoje com a aliança do PMDB com o DEM em Mossoró?

HA: Nossas alianças municipais não são afetadas pela decisão de hoje. As alianças municipais são as mais diversificadas: Tem aliança do PMDB com o PT, com o PR, com o PP, com o DEM e essas alianças dizem respeito à autonomia de cada município. Esta é uma decisão a nível estadual de afastamento político-eleitoral da governadora Rosalba Ciarlini. Mas, volto a dizer que, no campo administrativo, o que ela precisar, o que o Estado precisar contará 100% com o meu esforço, com o de Garibaldi, com os deputados estaduais na Assembleia. Não é um rompimento com o governo do estado do Rio Grande do Norte. É o afastamento do projeto político da governadora Rosalba. Em relação ao Rio Grande do Norte, às suas prioridades, às suas necessidades, o Estado poderá contar como antes, e até com mais ainda, com aquilo que pudermos fazer.

E quanto às conversas relacionadas com alianças para eleição proporcional?

HÁ: Em relação a esse tema, eu tenho tido conversas informais com o PR, com o PP, com o PPS, com o PSDB, com o PDT - até o prefeito Carlos Eduardo me disse que o PDT poderia participar dessa coligação na proporcional; o próprio DEM do senador José Agripino... Mas, tudo de uma forma muito ampla e muito preliminar ainda. Nada definitivo, nada de compromisso firmado ainda. É apenas disposição e o PMDB agradece o respeito com que todos os outros partidos estão tratando a nossa legenda. Eu ouvi do PT nacional na semana passada que o projeto prioritário do PT entre vários estados, o do Rio Grande do Norte, era com o PMDB. Repetir a aliança nacional. É só uma manifestação a mais de respeito que o PMDB conseguiu granjear e conquistar junto a todos os demais partidos do nosso Estado.

O senhor fez duas indicações à governadora Rosalba: o secretário de Agricultura e um diretor da Emater. Eles vão entregar seus cargos?

HA: Eu espero que eles acompanhem a posição do PMDB. Vou ligar daqui a pouco pra um e pra outro e espero que eles acompanhem, porque essa posição pra ela ser forte e respeitada tem que ter a cara do PMDB. De todo o PMDB, da unidade e da consciência do PMDB. Muito obrigado a vocês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário