A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, ontem, novos valores para adição de iodo no sal para consumo humano no Brasil. A faixa vai variar de 15mg/kg a 45 mg/kg. Atualmente, a faixa é de 20 a 60 mg/kg.
A medida foi tomada a partir de pesquisas que revelam que a população brasileira tem uma taxa de iodo maior do que a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os novos valores também seguem a orientação do Ministério da Saúde, que tem acompanhado o perfil de consumo de sal no Brasil.
A gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende, informa que as empresas terão 90 dias para se adequar, entre as quais as salinas do Rio Grande do Norte, responsáveis pela produção de mais de 90% do sal brasileiro.
A prazo contará a partir da publicação da norma no Diário Oficial da União (DOU). “Não deve haver dificuldades neste sentido, já que atualmente 93% das amostras coletadas no mercado já estão dentro da nova faixa definida”, explicou Denise.
Bócio
A adição do iodo no sal foi adotada na década de 50 do século passado como estratégia de redução do Bócio, doença provocada pela deficiência do iodo no organismo. No entanto, a quantidade de adição do nutriente tem sido revista ao longo dos anos em virtude das mudanças no padrão de alimentação dos brasileiros, pois o excesso deste nutriente também traz danos à saúde.
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