Os médicos e suas entidades realizarão na quinta-feira, 25, o Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde. A mobilização que acontecerá em Mossoró e demais cidades do Estado tem como objetivo alertar gestores públicos e à sociedade sobre os abusos praticados pelas operadoras de planos de saúde na relação com médicos e pacientes.
Presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed), Geraldo Ferreira disse que será realizada uma reunião na sede do sindicato amanhã, 22, para definir como ocorrerá a manifestação no Rio Grande do Norte. A mobilização deve assumir formas diferentes em cada município.
"Está cada vez mais difícil a classe médica atuar junto aos planos de saúde, anualmente as operadoras repassam reajustes aos usuários, porém esse valor não é repassado aos médicos. Além disso, percebe-se que muitas vezes os contratos celebrados entre usuários e as empresas fornecedoras do serviço não são cumpridos, pois os médicos determinam a realização de um procedimento, os planos não querem autorizar e os pacientes acabam sendo prejudicados. Além de não haver respeito aos contratos, a autonomia dos médicos é violada", esclareceu Geraldo.
Ainda de acordo com ele, a falta de valorização dos profissionais tem motivado a fuga destes do sistema. "Muitos médicos vêm se descredenciando das operadoras, eles então passam a atuar através das cooperativas de suas especialidades.
O atendimento fornecido aos usuários não é afetado, o que muda é a relação entre o médico e o plano de saúde, uma vez que as operadoras vão estabelecer relação com as cooperativas e não com os médicos", informa o presidente do Sinmed.
A classe médica deve reforçar durante o alerta às reivindicações da classe frente aos planos de saúde, que são: reajuste adequado dos valores das consultas e procedimentos, uma resposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre as propostas de cláusulas obrigatórias a serem inseridas nos contratos entre médicos e planos de saúde, apresentadas pelos médicos em abril do ano passado, bem como o apoio ao Projeto de Lei 6.964/10, que trata da contratualização e da periodicidade de reajuste dos honorários, também é uma das bandeiras da mobilização.
Com a suspensão temporária de atendimentos eletivos, os pacientes serão atendidos em nova data, que será informada. O protesto não atinge os casos de urgência e emergência. Para eles, o atendimento está assegurado.
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