Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram manter a greve iniciada na semana passada. A categoria fez um assembleia e um protesto na tarde desta sexta-feira, que fecharam a Paulista, a Consolação e a avenida Ipiranga, na região central da cidade.
Por volta das 18h30, o grupo ainda bloqueava parte da avenida Ipiranga, já na chegada à praça da República, onde os professores devem fazer um ato na frente da Secretaria de Educação. Estimativa da PM aponta que 3.500 pessoas participaram da manifestação. Já a categoria aponta que esse número pode ter chego a 20 mil.
Os professores devem realizar uma nova assembleia no dia 3 de maio para decidir se continuam ou não a greve. Durante essa semana, a categoria afirmou que 35% dos docentes aderiram à paralisação. A Secretaria de Educação, porém, aponta adesão inferior a 10%.
Representantes do sindicato se reuniram ontem com o secretário da Educação, Herman Voordwald, mas nenhum acordo foi firmado. De acordo com a Apeoesp (sindicado da categoria), foram apresentadas as principais reivindicações dos professores, mas Voordwald disse que não tinha nada a oferecer.
De acordo com o sindicato, os professores reivindicam reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012; cumprimento da lei do piso --no mínimo 33% da jornada para atividades de formação e preparação de aulas--, fim dos descontos de faltas e licenças médicas para efeito de aposentadoria especial; entre outras.
Já a secretaria afirma que é "lamentável que a Apeoesp se paute por uma agenda político-partidária e ignore o amplo diálogo que a atual gestão tem estabelecido". A pasta destaca ainda que "os professores já ganham 33,3% mais que o piso nacional vigente e passarão a ter, a partir de julho, uma remuneração 44,1% maior que o vencimento mínimo estabelecido em decorrência da Lei Nacional do Piso".
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