Brasília - Os primeiros corpos das vítimas dos ataques de sexta-feira passada em Oslo e na Ilha de Utoeya começam a ser enterrados hoje (29). No total, 76 pessoas morreram.
Autoridades norueguesas e familiares de vítimas participam de um evento em Oslo feito pela ala jovem do Partido Trabalhista – alvo dos ataques a tiros na Ilha de Utoeya.
O extremista de direita Anders Behring Breivik é mantido em prisão solitária e deve ser novamente interrogado pela polícia hoje. Ele assumiu a responsabilidade pela explosão de uma bomba no centro de Oslo e pelas mortes a tiros de jovens que participavam do evento do Partido Trabalhista na Ilha de Utoeya.
Breivik deverá ser interrogado pela segunda vez desde os ataques para avaliar se há “mais algum perigo”, segundo o porta-voz da polícia Paal-Fredrik Hjort Kraby.
Durante a primeira audiência, na segunda-feira (25), Breivik chegou a dizer que havia duas células extremistas trabalhando com ele.
Apesar disso, as autoridades norueguesas acreditam que ele agiu sozinho. Segundo a chefe do serviço de inteligência doméstica da Noruega, Janne Kristiansen, não há evidências até agora de que Breivik teria ligações com outros extremistas na Noruega ou em outros países.
O acusado também deverá ser submetido hoje a um exame psiquiátrico, após seu advogado dizer que acredita que seu cliente é insano.
O duplo foi "um ataque contra a democracia" norueguesa, segundo o primeiro-ministro, Jens Stoltenberg, durante uma cerimônia com a participação de membros do partido trabalhista.
Os participantes, nesta cerimônia de homenagem às vítimas, exibiram rosas e fizeram um minuto de silêncio. "As balas atingiram os nossos jovens, mas também atingiram uma nação inteira", afirmou Stoltenberg em alusão às vítimas do massacre na Ilha de Utoya, onde havia um encontro da juventude trabalhista.
"Um ataque contra a participação política é um ataque contra a nossa democracia", afirmou.
Anders Behring Breivik, de 32 anos, confessou os disparos na Ilha, que fizeram 68 mortos, e de um atentado com um carro-bomba em frente à sede do Governo, que provocou oito mortes.
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