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sexta-feira, 1 de março de 2013

Mais de 50% dos médicos ameaçam deixar atendimento no Hospital da Mulher em definitivo

Devido à falta de pagamento, profissionais do hospital paralisaram  atendimento (Marcos Lima

O Hospital da Mulher Parteira Maria Correia passa novamente por problemas administrativos. Devido à falta de pagamento, há cerca de três meses, os médicos paralisaram o atendimento, inclusive de urgência e emergência, e realizaram ontem (28) uma reunião com os representantes do órgão para definir a questão da escala médica. Mais de 50% dos médicos já demonstraram interesse em se desligar da unidade.

Profissionais do hospital disseram que diferentemente do quem vem sendo informado pela assessoria da unidade hospitalar, os atendimentos de urgência e emergência não estão funcionando.

"Não temos profissionais para fechar a escala de atendimento, sendo assim não existe a possibilidade de continuarmos nossas atividades. Atualmente contamos cerca de 50 médicos no hospital; destes, mais de 50% querem se desvincular, pois não veem previsão de pagamento", relatou um dos médicos da unidade de saúde, que preferiu não se identificar temendo retaliações.

Ele complementa dizendo que por diversas vezes os profissionais solicitaram uma solução para o problema. No entanto, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) tem demonstrado claramente que não há previsão de pagamento.

"Pelo contrato firmado com os profissionais, após três meses sem pagamento os trabalhadores têm o direito de solicitar a demissão. Por não receber os meses de outubro, janeiro e fevereiro, grande parte dos médicos já informou à direção do hospital e à Sesap o desejo de se afastar. A gente não recebe, e ainda paga para poder receber, pois temos que emitir notas fiscais, que equivalem a 14,56% do imposto".

Em nota, a Sesap esclarece que o atraso do pagamento da parcela referente ao mês de janeiro ao Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase) se deve por questões administrativas e financeiras referentes à administração pública, como a aprovação do Orçamento de 2013 pela Assembleia Legislativa.

Ainda segundo a secretaria, a regularização do pagamento dos prestadores de serviços médicos está sendo providenciada através desta pasta, Controladoria-Geral do Estado, Consultoria-Geral do Estado e Procuradoria-Geral do Estado.

Devido ao horário avançado da reunião, a equipe do jornal O Mossoroense não teve acesso ao resultado final da discussão.

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