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sábado, 12 de novembro de 2011

Deu no blog do Mazinho Capote: ANÁLISE POLÍTICA DO ALTO OESTE POTIGUAR



Na política, nem sempre quem entrega o bastão do poder, tem-no de volta por parte daqueles que ajudou a eleger

Dando uma ligeira olhada pelo retrovisor da política do Alto Oeste potiguar e da Capital, pude perceber que são pouquíssimos os casos – raros até - em que os acordos firmados durante a pré-campanha são cumpridos após a fatura carimbada; principalmente, quando o gestor que sai consegue eleger o sucessor.

Na maioria das vezes, o fogo amigo começa porque quem perde o direito ao assento e a validade do diploma emitido pela Justiça Eleitoral, normalmente fica com a idéia equivocada na cabeça de que continua dispondo de uma caneta cheia de tinta na mão e que o cartão de autógrafo institucional na agência bancária ainda aceita sua assinatura. Daí, surgem as primeiras faíscas do incêndio.

Dizem a boas línguas que esse pode ter sido um dos motivos da “arenga” entre os ex-prefeitos, Dedezinho e Dr. Pio X Fernandes, lá em Luís Gomes.

Mas também existem os casos corriqueiros de ingratidão. Não são poucos os políticos que estão sentados à direita, ao centro e à esquerda do poder que, dificilmente, seriam eleitos, sequer, a presidente de time de futebol. Só conseguiram o triunfo às custas de um bom cabo eleitoral que lhes transferiram o bastão, em forma de votos. Passada a lua-de-mel, as criaturas, num gesto de mesquinhez, deram com as duas patas na cara e na região glútea dos criadores.

Em José da Penha, por exemplo, aconteceu isso. A família Dólar cresceu nas costas de Dr. Raimundinho Abílio e, até hoje, eles acreditam que chegaram ao topo por méritos pessoais, ganharam uma escritura pública da cidade e vão se perpetuar ali. No município de Rodolfo Fernandes, Chiquinho Germano vive a mesma situação. Elegeu dois parentes, inclusive, uma sobrinha, e levou dois coices no escutador de pilhérias. Wilma de Faria, em Natal, também foi traída duas vezes: por Aldo Tinoco e Carlos Eduardo. Lá em Patu, Ednardo Moura, que quase morre esbaforido e bota os "bofes" pra fora para eleger Possidônio Queiroga(“Popó”), teve os laços cortados na hora do discurso da posse.

Bem ali, em Antônio Martins, Dr. Zé Júlio emplacou Edmilson Fernandes e já levou um canto de carroceria. No município de Venha Ver, Expedito Salviano ajudou a eleger Socorro Fernandes em 2004, pouco tempo depois, eles se tornaram adversários ferrenhos e disputaram, quase que no bofete e tapa-olho, o pleito de 2008.

Taboleiro Grande é outra situação clássica. A então prefeita Fátima Bessa, em 1988, apoiou Flázio Bessa (“Tubo”) e venceu. Passados poucos dias, ele deixou até de falar com ela e, mais adiante, os dois morreram abraçados politicamente. Nos dias atuais, existe uma querela parecida entre Maria Miriam e Djalma Pereira, que a elegeu. Ela não devolverá a gentileza, bateu o prego, virou a ponta e já indicou a sobrinha, Darcilene Pinheiro, como sua sucessora. Na querida Marcelino Vieira também não existe nenhum entendimento, pelo menos por enquanto, entre o prefeito, Dr. Ferrari Oliveira e Iramar Oliveira, que o colocou na chefia do executivo e pretende voltar a conduzir os destinos dos vieirenses.

Pois, é. O jogo político é assim, marcado por todo tipo de blefe e interesses escusos. Os amigos e aliados de ontem - e de ocasião - tornam-se, num piscar de olhos, adversários do presente; quando não se transformam em “cães de carne” e "inimigos de sangue e fogo”.
Mas, nem tudo está perdido, nem cheira a ingratidão e barganha pessoal por essas bandas desse imenso Brasil de meu Deus. Existem pessoas sérias e de princípios cujo fio de bigode e a palavra empenhada servem mais do que um documento autenticado em cartório.

Aqui em Pau dos Ferros, num passado distante, houve uma dobradinha que perdurou: Dr.José Fernandes de Melo e Dr. José Edmilson de Holanda. O revezamento ou alternância do poder, como em batida nas duas pontas em jogo de dominó, foi “lá e lô” por bastante tempo. Nessa nova era também poderá se repetir uma parceria salutar e perene entreLeonardo Rêgo/Fabrício Torquato/Leonardo Rêgo/Fabrício Torquato . . .

Na vizinha cidade do Encanto existiu uma aliança duradoura, sincera, leal e verdadeira entre Gonçalo da Silva Filho (“Gonçalinho”) e Osvaldo Januário do Rêgo. Eles governaram aquele município por muitos anos. Depois, em função da idade, entregaram o bastão aGonçalo Neto, que administrou aquela urbe por três mandatos eletivos e, hoje, é um potencial candidato para tomar a bastilha, voltar ao comando da Terra de São Sebastião e recuperar os quatro anos de atraso que, contados em dobro, chega-se à soma de oito anos perdidos e dissipados por entre os dedos, como acetona em mão de manicure.

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