O Banco do Brasil, maior instituição financeira da América Latina, desbancou o concorrente Itaú e teve o maior lucro líquido da história dos bancos no Brasil, no primeiro semestre, com ganhos de R$ 10,03 bilhões. De acordo com a consultoria Economática, o recorde anterior pertencia ao Itaú, com lucro de R$ 7,055 bilhões.
Segundo a consultoria, nos últimos quatro anos, o Itaú havia registrado os maiores lucros consecutivos da história dos bancos brasileiros no primeiro semestre. O lucro do BB foi puxado pelo forte resultado do 2º trimestre, quando registrou lucro líquido de R$ 7,47 bilhões, quase duas vezes e meia acima do resultado positivo obtido um ano antes, impulsionado pela venda de ações de sua área de previdência, seguros e capitalização, BB Seguridade.
No primeiro trimestre, o banco já dava sinais de que iria seguir com os bons números, já que teve lucro líquido de R$ 2,56 bilhões. Outra razão para o recorde, na avaliação da Economática, foi o indicador de inadimplência do BB, com dívidas maiores que três meses, que caiu para o menor patamar em 11 anos, segundo o próprio balanço financeiro do banco.
O BB informou ainda que manteve a política de distribuir 40% do lucro líquido aos acionistas (cerca de R$ 4 bilhões no 1º semestre). Já a carteira de crédito ampliada encerrou junho em R$ 638,628 bilhões, uma expansão de 7,7% ante março e de 25,7% em 12 meses. Os destaques do período foram as carteiras pessoa jurídica e de agronegócios, que registraram aumentos em 12 meses de 28,8% e 32,8%, respectivamente.
Além disso, ao final de junho, o BB ampliou sua liderança em crédito no sistema financeiro nacional, chegando a 20,8% de participação de mercado. Os empréstimos destinados à pessoa física totalizaram R$ 161,550 bilhões no segundo trimestre, aumento de 15,9% em doze meses e de 3,3% sobre março, atingindo 25,3% da carteira de crédito do banco.
Já os recursos destinados às pessoas jurídicas somaram R$ 300,142 bilhões, com elevação de 28,8% e 5,4%, respectivamente. Esse segmento, segundo o BB, responde por 47,0% da carteira de crédito total do banco. Os ativos alcançaram R$ 1,21 trilhão no primeiro semestre de 2013, crescimento de 15,5% em 12 meses, favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito.
O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (RSPL) no conceito ajustado do BB ficou em 16,4% ao final de junho ante 21,2% visto um ano antes. O banco também divulgou retorno de 51,8% contra 21,4% em um ano, impactado pela alienação das ações da BB Seguridade. O BB encerrou o segundo trimestre com patrimônio líquido médio de R$ 64,721 bilhões, montante 6,4% superior ao visto em igual intervalo de 2012
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