Com o surgimento da internet e das comunidades virtuais, muito se debateu a respeito das mudanças no que tange as relações sociais, pois muitas pessoas deixavam de sair de casa para viverem no mundo virtual.
A partir da criação dos aparelhos celulares com acesso à rede e a concepção de novas mídias digitais, como o Facebook, Instagram, Whatsapp, o debate sobre as interações sociais volta a ser foco de discussões.
De acordo com especialistas, o nascimento de uma nova cultura virtual sinaliza também o surgimento de transtornos próprios dessa realidade, entre eles estão à superexposição, a necessidade de se adquirir meios tecnológicos mais ágeis e o vício em estar sempre conectado são alguns dos problemas que começam a aflorar.
A diretora de marketing Lorena Fernandes disse que não acha necessário o tempo em excesso que as pessoas utilizam na internet e se policia para não ultrapassar o que considera um limite saudável.
"Pra mim o celular além das funções básicas, é também uma ferramenta de trabalho, o que justifica estar sempre um pouco mais atenta ao aparelho. Mas, ainda assim, me esforço para não ceder ao vício de acessar as redes sociais pelo smartphone e evitar não participar de conversas com meus amigos na vida real", relatou.
Já a estudante Viviane Rodrigues comentou que as redes sociais e as facilidades trazidas pelo aparelho celular afastam quem está próximo e traz para perto aqueles que estão longe.
"Às vezes nós estamos numa roda de amigos, mas o assunto no celular está muito mais interessante. Não é questão de conteúdo, mas do que está chamando a sua atenção naquele momento. Meus amigos reclamam comigo em alguns momentos, mas não me importo. No entanto, confesso que eu também às vezes me incomodo em algumas situações", relata.
Estudos alertam que desejo de acessar redes sociais pode ser um vício
Estudo realizado pela Universidade de La Salle, nos Estados Unidos, indica que atualmente existem cerca de 2,2 bilhões de usuários de internet no mundo. Deste número, cerca de 50 milhões podem ser considerados viciados na rede.
Apesar de ainda não existirem pesquisas comprovando o vício dos brasileiros pela internet, o Brasil já aparece no alto do ranking mundial de acessos a redes sociais. A estimativa é que o vício pela rede de computadores atinja 6% da população.
Para especialista, a dependência pela internet é comparável à dependência química do álcool, das drogas e dos games. Psicólogos alertam que os usuários podem ser considerados viciados na internet quando ela passa a ter prejuízos na sua vida cotidiana, porque só quer ficar on-line. Ela deixa de estudar, trabalhar e ter um convívio social saudável para ficar na rede.
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