O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Aldo Pinheiro D’Ávila, confirmou hoje (7) que o comando para os ataques de violência no estado partiu de criminosos encarcerados. “Não há indícios. Tenho a plena convicção, plena certeza, de que ordem para os ataques desse tipo de modalidade criminosa, que se aproxima do terrorismo, partiram de organizações que atuam dentro dos presídios catarinenses”, disse à Agência Brasil.
Inicialmente, essa relação era apenas uma das linhas de investigação dos organismos de segurança do estado. Para o delegado-geral, no entanto, a denúncia de tortura no Presídio Regional de Joinville é considerada apenas uma hipótese entre as razões que explicam os ataques, que ocorrem desdo o dia 30, com a prisão de 30 pessoas.
“Essa correlação não se pode afirmar com plena certeza. São várias circunstâncias que nos levam a crer como fatos motivadores. Por exemplo, a questão da intensificação das prisões em relação tráfico de entorpecentes e o indiciamento de todas as lideranças das facções criminosas em razão da morte da agente prisional Deise [Alves] [também podem ser motivos].”
A Polícia Civil investiga se houve abuso de agentes penitenciários em uma operação pente-fino no presídio de Joinville, no dia 18 de janeiro. Imagens do circuito interno, divulgadas pela imprensa no último dia 2, mostram que os agentes usavam balas de borracha e gás de pimenta contra os presos mesmo com eles em situação de controle. Joinville é a cidade com maior número de ataques: 14 em oito dias.
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