Apenas 30 agentes de endemias estariam trabalhando no combate à dengue em Mossoró, quando no mínimo 100 pessoas deveriam estar executando esse trabalho. A informação, preocupante, foi repassada por um funcionário da Gerência de Saúde do município que preferiu não ser identificado.
Dessa forma, o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti na cidade estaria muito abaixo dos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que preconiza uma média de um agente para cada grupo de 800 a 1.000 imóveis. "Estamos vivendo num barril de pólvora. Basta uma pequena chuva para explodir o quadro de dengue na cidade, com resultados desastrosos para a população", prevê o funcionário, acrescentando ainda que alguns dos agentes estariam sendo desviados de suas funções para serviços burocráticos.
A diretora do departamento de Vigilância à Saúde de Mossoró, Alanny Medeiros, contesta a informação. Segundo ela, a quantidade de agentes trabalhando no combate à dengue é superior aos números apresentados pelo funcionário da gerência.
Conforme a diretora, dos 126 agentes disponíveis na Vigilância, 92 atuam especificamente no combate à doença. "É uma quantidade insuficiente para a demanda da cidade, que cresceu muito nos últimos anos, e hoje temos que visitar aproximadamente 100 imóveis", explica.
Questionada sobre o possível desvio de funções dos agentes, a diretora diz que não cabe à Vigilância à Saúde esse tipo de determinação. "A Vigilância não interfere nessas questões administrativas".
Alany Medeiros explica ainda que, devido à insuficiência de agentes, algumas áreas estão sendo priorizadas. "São as áreas com Índice de Infestação Predial alto e que tenham dificuldade no abastecimento de água, uma vez que nesses locais há um grande acúmulo de água e, consequentemente, maiores focos da doença", diz.
A diretora afirma também que o período crítico da doença na cidade já passou e que o município vem registrando uma diminuição dos casos nos últimos meses. "Não é correto atribuir aumento de risco à insuficiência de agentes, uma vez que a dengue está sob controle e o trabalho continua sendo feito", destaca Alanny Medeiros.
As afirmações da diretora do departamento de Vigilância à Saúde vão de encontro ao que diz o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde de Mossoró (Sindsaúde), João Morais. Segundo o presidente, com a demissão dos 34 agentes que tiveram seus contratos com o município encerrados, o trabalho está comprometido. "A situação não está boa. A Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) errou ao demitir os agentes e não contratar outros imediatamente. Assim, enquanto alguns locais são cobertos pelos agentes, outros estão sem proteção. Não tem a mínima condição de ser fazer um trabalho bem feito dessa forma", revela João Morais.
O presidente do Sindsaúde complementa ainda que no bairro Santo Antônio, por exemplo, apenas dois agentes estariam atuando. "São quatro áreas descobertas na cidade. Não existem condições de combater a dengue em Mossoró", conclui.
Dessa forma, o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti na cidade estaria muito abaixo dos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que preconiza uma média de um agente para cada grupo de 800 a 1.000 imóveis. "Estamos vivendo num barril de pólvora. Basta uma pequena chuva para explodir o quadro de dengue na cidade, com resultados desastrosos para a população", prevê o funcionário, acrescentando ainda que alguns dos agentes estariam sendo desviados de suas funções para serviços burocráticos.
A diretora do departamento de Vigilância à Saúde de Mossoró, Alanny Medeiros, contesta a informação. Segundo ela, a quantidade de agentes trabalhando no combate à dengue é superior aos números apresentados pelo funcionário da gerência.
Conforme a diretora, dos 126 agentes disponíveis na Vigilância, 92 atuam especificamente no combate à doença. "É uma quantidade insuficiente para a demanda da cidade, que cresceu muito nos últimos anos, e hoje temos que visitar aproximadamente 100 imóveis", explica.
Questionada sobre o possível desvio de funções dos agentes, a diretora diz que não cabe à Vigilância à Saúde esse tipo de determinação. "A Vigilância não interfere nessas questões administrativas".
Alany Medeiros explica ainda que, devido à insuficiência de agentes, algumas áreas estão sendo priorizadas. "São as áreas com Índice de Infestação Predial alto e que tenham dificuldade no abastecimento de água, uma vez que nesses locais há um grande acúmulo de água e, consequentemente, maiores focos da doença", diz.
A diretora afirma também que o período crítico da doença na cidade já passou e que o município vem registrando uma diminuição dos casos nos últimos meses. "Não é correto atribuir aumento de risco à insuficiência de agentes, uma vez que a dengue está sob controle e o trabalho continua sendo feito", destaca Alanny Medeiros.
As afirmações da diretora do departamento de Vigilância à Saúde vão de encontro ao que diz o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde de Mossoró (Sindsaúde), João Morais. Segundo o presidente, com a demissão dos 34 agentes que tiveram seus contratos com o município encerrados, o trabalho está comprometido. "A situação não está boa. A Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) errou ao demitir os agentes e não contratar outros imediatamente. Assim, enquanto alguns locais são cobertos pelos agentes, outros estão sem proteção. Não tem a mínima condição de ser fazer um trabalho bem feito dessa forma", revela João Morais.
O presidente do Sindsaúde complementa ainda que no bairro Santo Antônio, por exemplo, apenas dois agentes estariam atuando. "São quatro áreas descobertas na cidade. Não existem condições de combater a dengue em Mossoró", conclui.
Mossoró registra quase 1.300 casos confirmados da doença somente este ano
Entre janeiro e julho deste ano, Mossoró já registrou 1.297 casos confirmados de dengue. No mesmo período, foram notificados 2.300 casos da doença. Os casos confirmados representam um aumento de mais de dez vezes dos registrados em 2010, quando apenas 100 pessoas receberam a confirmação da doença.
De acordo com Alanny Medeiros, esse crescimento já era esperado, já que a dengue é uma doença sazonal. "O risco epidêmico ocorre a cada três anos. Tivemos a última epidemia em 2008, e este ano já estávamos preparados para combater o mosquito. Apesar de a cidade estar inserida dentro dos municípios com possibilidade de surto da doença, Mossoró não sofreu uma epidemia", finaliza.
De acordo com Alanny Medeiros, esse crescimento já era esperado, já que a dengue é uma doença sazonal. "O risco epidêmico ocorre a cada três anos. Tivemos a última epidemia em 2008, e este ano já estávamos preparados para combater o mosquito. Apesar de a cidade estar inserida dentro dos municípios com possibilidade de surto da doença, Mossoró não sofreu uma epidemia", finaliza.
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