O Processo Seletivo Vocacionado 2012 (PSV 2012) da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), que deveria ocorrer no mês de dezembro de 2011, só será realizado em março do próximo ano. A projeção é do coordenador da Comissão Permanente de Vestibular (Comperve), Egberto Mesquita, que confirmou que a greve dos docentes, técnicos e discentes da instituição, que já dura mais de cem dias, impossibilitou o lançamento do edital dentro do prazo inicialmente previsto pelo calendário universitário.
“Os professores que participam da comissão que elabora o edital aderiram à paralisação, portanto, dependemos do retorno das atividades da UERN para organizar o cronograma do PSV 2012. Segundo nossos cálculos, se o impasse for resolvido nos próximos dias, tudo estará pronto em março do ano que vem”, disse Egberto. O próximo vestibular da universidade deve oferecer cerca de 2.800 vagas para mais de 70 tipos de graduações e modalidades.
Na opinião do coordenador, o deslocamento das datas pode ser considerado prejudicial aos candidatos uma vez que aumenta a distância entre o processo seletivo realizado na UERN e os vestibulares das demais instituições de ensino. “Certamente o atraso não será benéfico para o estudante, que terá alargada o intervalo entre o final dos estudos e a realização dos exames, que será em março. No entanto, foi essa a solução encontrada pela comissão”, afirmou.
Além de adiar a realização do vestibular 2012, a greve na UERN também trouxe conseqüências aos estudantes que já garantiram uma vaga na instituição. No último mês de julho a reitoria da universidade publicou um Ad Referendum no qual suspendeu todas as atividades acadêmicas previstas no Calendário Universitário 2011. A medida interrompeu, entre outras coisas, o início do segundo semestre letivo de 2011, que estava previsto o início de agosto, as matrículas dos alunos veteranos e as aulas do segundo semestre de 2011.
Com mais de 100 dias de duração, a greve da UERN pode chegar a um desfecho positivo na próxima semana. A afirmação é do presidente da Associação dos Docentes da Uern (Aduern), Flaubert Torquato. De acordo com o professor, a categoria espera que situação seja resolvida em uma audiência de conciliação com o Governo do Estado, a ser marcada pela Justiça
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