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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Precariedade na segurança do Rio Grande do Norte é destaque na imprensa nacional



O Universo On Line (UOL), maior portal de notícia da América Latina, destacou ontem a precariedade que a segurança pública do Rio Grande do Norte está passando. Em matéria assinada pela jornalista Aliny Gama, intitulada "Delegado responde sozinho por segurança de 22 cidades no RN", retratou o caos no setor policial e nas investigações.
A matéria faz alusão ao delegado regional de Nova Cruz, Marcelo Marcos Alves Lima, que sozinho enfrenta uma maratona diária nos 22 municípios onde, além de delegado, também faz o papel de escrivão, agente e investigador.
O fato novo é que o Ministério Público Estadual entrou com uma ação cobrando soluções imediatas para a situação caótica. O MP entrou esta semana com uma ação civil pública cobrando solução para a falta de pessoal e sobrecarga de trabalho de pelo menos um delegado, que responde, sozinho, pela segurança de 22 cidades do RN. A Polícia Civil do Estado trabalha atualmente com apenas 10% do efetivo.
Segundo a promotora de justiça da cidade de Pedro Velho, Danielli Christine de Oliveira Gomes Pereira, responsável pela ação, o MP traz números alarmantes sobre a falta de policiais no RN, contando atualmente com apenas 51 delegados, 46 escrivães e 293 agentes da Polícia Civil. Os dados apontam que existem 208 cargos vagos de delegado, 661 de escrivães e 2.893 de agentes.
Apesar da carência de pessoal, o MP denuncia que a maioria dos policiais exerce funções que não são ligadas a investigações. O último concurso público foi realizado pelo Estado em 2009, mas nenhum dos aprovados tomou posse.
Na ação, Danielli Christine de Oliveira cobra que a cidade receba estrutura mínima com um delegado, dois agentes e um escrivão. Com isso o município vai poder se desmembrar de Nova Cruz e ter sua própria estrutura de Polícia Civil.
A Delegacia-Geral de Polícia do RN (Degepol) reconhece a carência de efetivo e acúmulo de delegacias no interior do Estado, mas afirmou que, apesar da "situação difícil", a polícia vem desempenhando suas funções normalmente.

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