NATAL - Representantes da Prefeitura do Natal, do Ministério Público Estadual (MPE) e técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizaram uma visita técnica nos trechos do calçadão da praia de Ponta Negra que foram danificados este ano com a força das marés altas.
De acordo com o secretário municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Luís Antônio Albuquerque, foi determinado por uma ação judicial do Ministério Público, a criação de uma equipe de técnicos da UFRN para fazer uma avaliação do local e apresentar quais medidas devem ser implementadas para recuperar a área danificada do calçadão de Ponta Negra.
"Será a partir deste estudo que iniciaremos as intervenções no trecho que foi destruído. Daremos todo o apoio necessário para o desenvolvimento deste trabalho", disse o titular da Semsur.
Segundo a arquiteta Rosa Pinheiro, assistente do Centro de Apoio às Promotorias do Ministério Público Estadual, que acompanhou a visita técnica, este foi o momento em que as entidades envolvidas na questão realizaram uma vistoria no sentido de apontar as soluções técnicas emergenciais para o problema.
"Num primeiro momento, dentro de até 20 dias será apresentado um relatório das ações emergenciais e em até 60 dias um estudo para dar início das obras", disse Rosa Pinheiro.
Projeto conta com R$ 4 milhões liberados para obras
O secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), Carlos Paiva, disse que já foram liberados os cerca de R$ 4 milhões de recursos pelo Governo Federal, dentro da decretação do estado de calamidade no calçadão de Ponta Negra.
A primeira parcela deste valor já se encontra na conta da Defesa Civil, mas ainda não foi utilizada porque as obras de recuperação não foram iniciadas, devido à intervenção do Ministério Público, que pediu este estudo técnico.
"Do total dos recursos liberados, R$ 3,6 milhões serão utilizados para as obras de recuperação e o restante para parte de iluminação, paisagismo, relocação de quiosques", explicou Carlos Paiva.
Os técnicos da UFRN responsáveis pelo relatório pericial andaram a pé os cerca de 1.200 metros, do total de 2.200 metros de extensão do calçadão que foram atingidos e danificados em menor ou maior grau. Durante o percurso, eles faziam anotações e registravam os danos com fotos.
"Neste nosso relatório apresentaremos as medidas emergenciais que devem ser aplicadas para pelo menos amenizar o problema, até porque uma solução definitiva demanda um estudo bem mais complexo e demorado, que abrange, inclusive, a questão do avanço do mar sobre o paredão que dá apoio à estrutura do calçadão e que neste primeiro momento não está sendo objeto do nosso estudo técnico", informou Venerando Amaro, professor de Geologia da UFRN que, junto com outros professores dos cursos de Geografia e Engenharia Civil, integra a equipe de peritos designada para desenvolver esta avaliação.
Numa análise preliminar, segundo o professor Venerando, a indicação é que os pontos danificados mais críticos do calçadão devem receber uma proteção, como a colocação de tapumes, que impeçam o acesso de pessoas e lhes garantir mais segurança física.
Participaram também da visita técnica representantes das secretarias municipais de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), da Defesa Civil e do Gabinete da Prefeita.
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