O Sindicato dos Trabalhadores na Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN), através de sua coordenadoria em Mossoró, está acusando a direção do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) por desrespeito à liberdade de expressão, uma vez que, segundo o sindicato, as faixas que comunicam a greve da categoria estão sendo retiradas indevidamente da unidade hospitalar.
"Nós consideramos essa atitude uma falta de respeito, um ato contra a liberdade de expressão. Os locais onde serão colocadas e a quantidade de faixas distribuídas são definidos pela categoria em assembleia, é um direito que temos. Por duas vezes o diretor do HRTM agiu dessa forma", argumenta João Morais, coordenador regional do Sindsaúde.
A denúncia do sindicato foi encaminhada à Procuradoria Regional do Trabalho, sendo que a categoria agora aguarda um posicionamento do órgão. "Na próxima quinta-feira, 3, promoveremos um ato público em frente ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), onde protestaremos contra essa ação antidemocrática. Estamos convocando outras entidades sindicais para fazer parte dessa mobilização", revela João Morais.
Em conversa com a reportagem do jornal O Mossoroense, o diretor do HRTM, Ney Robson, disse desconhecer o fato narrado pela coordenação do Sindsaúde. "Não tenho conhecimento sobre isso. O apelo da categoria é justo. A luta da classe tem que ser respeitada. O processo democrático permite esse tipo de situação", defende-se Ney Robson.
Greve continua
Coordenador do Sindsaúde em Mossoró, João Morais destaca ainda que após representantes da categoria terem se reunido com os secretários estaduais de Saúde e Administração, Domício Arruda e Álber Nóbrega, respectivamente, na última segunda-feira, 23, os profissionais da saúde optaram por permanecer em greve, iniciada no dia 2 de abril.
"O governo propôs um possível reajuste de 7% para o segundo semestre, percentual nem próximo do que estamos reivindicando, que é de 15%. O Estado também se comprometeu a efetuar o pagamento dos plantões indenizatórios referentes ao período de agosto de 2010 a março de 2011. Como não houve nenhuma garantia, apenas dúvida sobre o reajuste, não aceitamos a proposta", concluiu João Morais.
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