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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Técnica trata hipertensos que não reagem a remédios: diminui AVC em 40%

hipertensao

Uma técnica pioneira e pouco invasiva poderá revolucionar o tratamento da hipertensão arterial e ajudar os pacientes, que não reagem aos medicamentos, a reduzir a pressão alta de forma segura e eficaz.
Ela leva apenas meia hora para ser aplicada e consiste na utilização de ondas de rádio para destruir os nervos "hiperativos" que circundam os rins.
Os cirurgiões inserem um cateter numa das artérias, que emite uma frequência rádio e 'silencia' estes nervos nas artérias, que levam o sangue até ao sistema renal.
O procedimento cirúrgico foi desenvolvido por cientistas australianos e, após um ano de estudo com doentes, as conclusões foram finalmente divulgadas.
O estudo, publicado na revista científica Circulation, revelou que 83% dos pacientes do grupo tratado através desta técnica registaram uma queda na pressão arterial sistólica (o menor valor da pressão arterial) e, destes, 79% mantiveram esta redução durante 12 meses.
Com base nestes números, os cientistas estimam que o procedimento poderá cortar o risco de ataque cardíaco e AVC em 40%.
A equipe observou também que os rins dos participantes não foram danificados pelo tratamento e que a sua função não ficou comprometida, não se registando efeitos prejudiciais nestes órgãos a longo-prazo.
Em comunicado, Murray Esler, diretor do Baker Idi Heart and Diabetes Center, em Melbourne, responsável pela descoberta, explica que este procedimento inovador "poderá ter implicações significativas na saúde pública e no tratamento da hipertensão arterial resistente, um fator de risco elevado que pode causar acidentes vasculares cerebrais (AVC) e ataques cardíacos". 
Para apurar a eficácia do sistema, Esler e a sua equipa analisaram os seus efeitos ao longo de um ano e constataram que apenas seis meses de tratamento das artérias, ao redor dos rins com ondas de rádio, eram suficientes para reduzir a pressão arterial resistente a remédios.
Atualmente há cerca de 120 milhões de pessoas em todo o mundo em risco de morte prematura por doenças renais e episódios cardiovasculares devido a este problema.

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