Brasília - O setor público consolidado (governo federal, estados, municípios e empresas estatais) registrou superávit primário, que são receitas menos despesas, excluídos os juros da dívida, de R$ 9,514 bilhões, em fevereiro deste ano. É o maior resultado para meses de fevereiro desde o início da série histórica do Banco Central (BC), em 2001.
Mesmo com o resultado, o esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros nominais (encargos financeiros) que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 18,269 bilhões. Com isso, houve déficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, de R$ 8,755 bilhões.
Em fevereiro, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência) registrou superávit primário de R$ 5,317 bilhões. Os governos regionais (estaduais e municipais) fecharam o mês com superávit primário de R$ 5,070 bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit de R$ 872 milhões.
Em 12 meses encerrados em fevereiro, o superávit primário do setor público chega a R$ 138,579 bilhões, o que representa 3,33% de tudo o que o país produz - Produto Interno Bruto (PIB).