Diante de algumas facilidades disponibilizadas pelos meios digitais, muitas pessoas têm encontrado na internet uma forma de incrementar a renda ou fazer dela seu trabalho. Essa situação têm sido vivenciada por alguns mossoroenses que utilizam as redes sociais, Facebook, Twitter e Orkut, para trabalhar seja como mídia social ou comercializando produtos.
Esse é o caso da comerciante Euda Carneiro, que recentemente investiu em um site de compras virtuais.
"Eu trabalhava no comércio, mas com a gravidez tive que parar. Minha tia mora na França e deu a ideia de vendermos produtos importados, ela compra lá e a gente revende aqui. Comecei comercializando pelo Facebook, mas para minha surpresa a procura foi tão grande que abrimos um site para poder melhor atender a demanda", explica Euda.
Para aprimorar os serviços oferecidos a comerciante disse que entrega os produtos em casa ou dependendo da região envia pelos Correios.
"Percebi que muitas pessoas que queriam comprar trabalhavam e possuíam pouco tempo pra pegar a mercadoria, dessa forma caso seja solicitado entrego o produto em casa. Os clientes também podem vir até minha casa e olharem de perto as bolsas, perfumes, roupas. Durante todo esse tempo, nunca tive problemas com algum consumidor insatisfeito, muito pelo contrário. Para ter uma noção, por semana atendo a cerca de 20 pedidos", relatou Euda.
A estudante Julianna Stephanie também viu na internet uma forma de incrementar a renda e disse que por sempre ver as pessoas vendendo ou trocando artigos pela rede resolveu se aventurar.
"A princípio vi uns vídeos de como fazer algumas pulseiras, criei algumas e postei na internet o resultado. A resposta foi muito positiva e o lucro compensa. Para evitar prejuízo faço as bijuterias por encomenda. Também comecei a vender algumas roupas através de uma comunidade virtual, chamada bazardazamiga, e o resultado tem sido positivo. Funciona como uma espécie de brechó, onde as pessoas podem encontrar coisas baratas para comprar ou trocar".
Outra forma de usar a internet como fonte de renda é através da profissionalização, como é o caso daquelas pessoas que trabalham com marketing digital, publicidade on-line, entre outros. A jornalista Raivich Alves disse que o desenvolvimento de novas plataformas ajudou na expansão do mercado de trabalho.
"Eu sempre fui muito ligada em internet, sabia que minha área seria o marketing digital, mas só passei a ver as redes sociais como um possível meio de ganhar dinheiro com o uso desses meios por empresas, com o surgimento do Twitter. Porque até então era só o Orkut, que era muito pessoal. Foi o Twitter que abriu essa possibilidade. E aí foi que me interessei mais por essa área de mídias sociais", relatou a jornalista.
Ela também destaca que apesar de ser uma profissão relativamente nova, o mercado está ficando saturado das mesmas ideias.
"Acho que o número de profissionais nessa área tem crescido bastante. Tem muito jornalista enxergando nesse novo ramo uma saída para a falta de mercado e para os péssimos salários do jornal impresso, televisão e rádio".
Redes sociais representam novo nicho de mercado
As redes sociais se tornaram uma sensação entre as diversas faixas etárias, desta forma muitas empresas têm visto nas plataformas uma nova possibilidade de estreitar os laços com os clientes. Atualmente mais de 52% dos internautas já interagiram com marcas nas redes e 80% das pessoas confiam nas recomendações dos amigos.
Com essa ferramenta inovadora em mãos, novas profissões estão surgindo. A revista Veja apontou em sua edição de número 2222, as 20 carreiras mais promissoras, entre elas 4 são da área de internet, sendo duas ligadas à comunicação, é o caso de analista de redes sociais e analista de palavra chave (SEO), ambas com salários iniciais na faixa de R$ 4.000,00 a R$ 5.000,00.
No entanto, assim como em alguns setores existem vagas sobrando, porém não há mão de obra qualificada. Outro fator que dificulta a especialização dos indivíduos é o desconhecimento das áreas de atuação. As pessoas não buscam informações a respeito e acabam deixando a oportunidade passar.
A jornalista Raivich Alves alerta que muitos profissionais têm se aventurado pela área sem ter conhecimento algum, o que gera prejuízos para a empresa contratante e para o profissional que tem sua imagem manchada.
"Tem muita gente se metendo a fazer sem conhecimento nenhum. Por outro lado, podemos ver as universidades investindo em especializações, cursos. Como as opções de estudo têm se expandido na região, as pessoas começam a se especializar, favorecendo o surgimento de bons profissionais".