O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, autorizou a concessão de auxílio-transporte e gratificação para bombeiros. A informação foi anunciada nesta quarta-feira (6) pelo secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões. Segundo Simões, a medida atende ao pedido feito pela tropa.
“O governador também antecipou de dezembro para julho os seis meses de reajustes salariais, chegando a 5,58%. Somados aos reajustes de janeiro a junho deste ano, as categorias passam a acumular 11,5% de aumento salarial em 2011. Com isso, a faixa salarial de um soldado que completar o triênio (em outubro) chegará a R$ 1.935,00”, disse ele.
O anúncio veio pouco mais de um mês após os bombeiros invadirem o Quartel Central da corporação, no Centro do Rio, numa manifestação por melhores salários e condições de trabalho. Após o protesto, mais de 400 militares foram presos. Eles foram soltos uma semana depois. O habeas corpus foi conseguido por um grupo de deputados federais.
Mais de 11 mil soldados serão contemplados
De acordo com a Secretaria de Defesa Civil, no caso do auxílio-transporte, o benefício, no valor de R$ 100, vai contemplar 11.975 militares. Já as gratificações, no valor de R$ 350, são destinadas a 10.143 bombeiros. Os benefícios constarão na folha de pagamento de julho e serão pagos em agosto.
Para o pagamento do auxílio-transporte e das gratificações, serão usados, anualmente, 30% do Fundo Especial dos Bombeiros (Funesbom), além de recursos provenientes do Tesouro. O impacto orçamentário previsto é de R$ 55.773.100,00, informou a secretaria.
Concessão da anistia criminal e administrativa
No último sábado (2), centenas de bombeiros se reúnem na Praia de Copacabana, na Zona Sul, para comemorar a concessão da anistia criminal e administrativa aos mais de 400 presos, após a invasão ao quartel central da corporação, em 3 de junho. O grupo estendeu na areia um varal com camisas vermelhas, cor que representa a corporação.
Os bombeiros fizeram uma caminhada na orla para agradecer o apoio da população, que se mobilizou com a causa dos militares e aderiu ao uso de fitas vermelhas nos carros e nas roupas. O grupo ainda reivindicava por aumento salarial e melhores condições de trabalho. A categoria pede um aumento do piso salarial de R$ 950 para R$ 2 mil líquido.
Ausentes de punição
Os dois PMs que também foram presos durante a invasão ao quartel do Corpo de Bombeiros, também foram anistiados. Isso siginifica que eles e os bombeiros não serão punidos pelo episódio.
A anistia criminal foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados na quinta-feira (30). No dia anterior, o governador Sérgio Cabral já havia sancionado o projeto de lei que concede a anistia administrativa aos militares.
Além disso, foram sancionados ainda os projetos que garantem a antecipação do reajuste de 5,58% para a categoria e o uso de 30% do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom) para gratificações.
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